Porém a chuva adquiriu um novo aspecto recentemente. Me faz pensar que apesar de nossa distância, meu bem, essa chuva que se defronta tolamente com a minha janela, também se defronta com a tua. Que esse vendaval também empoeira o teu chão, e que este céu escuro também assombra o teu lar.
Encontramo-nos apartados, vivendo diferentes vidas, vivendo em diferentes mundos e gosto de pensar que coisas simples como esta chuva que cai, também cai onde você está ainda que tenhamos sim uma fase comum, já que arrasta meus sonhos e enterra-os, assim como fez com os seus.
E essa minha insistência em remoer-me na tua ausência é que me desconforta. É saber que me trouxe a sua desesperança sem me tirar inteiramente essa capacidade de perdoá-lo tão depressa.
Ah, foste tão belo em minhas idealizações... será que eu mesma não o criei? Ou não foi você que se moldou em meu coração?
A cada texto vislumbro o veludo das pétalas de uma escritora que floresceu. Arte, bela arte, triste arte...
ResponderExcluirMaravilhoso.Parabéns,tem muito talento (:
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