quarta-feira, 24 de outubro de 2012


E é isso. Decidira que não deixaria a rejeição imaginária impedi-la de tentar. E disse, é claro que depois de quase desistir milhares de vezes e de sentir as palavras chegando à boca com a aparente necessidade de um mapa:

-Hipoteticamente, se eu te chamasse pra sair, você iria?

O medo paralisou-a por um segundo. Arrependia-se da própria coragem. E se estivesse abrindo uma porta a qual não devesse abrir? E se ele dissesse com um sorriso triste no rosto que sentia muito, mas que ela não fazia o seu tipo. Todo um turbilhão de ideias e pavor inundando-a de cima a baixo. O coração quase se fazia ouvir mesmo estando eles em um show de rock. Contudo a resposta foi rápida e indolor:

-Vamos!

Tão rápida e indolor que ela não pôde deixar de perguntar se ele entendia as intenções daquela pergunta. 

-Com certeza!- ele respondeu.

Os próximos segundos nem precisariam ser narrados. Foi apenas a continuação lógica e esperada daquela breve porém expressiva conversa.


E a noite foi realmente boa. As mãos dele na cintura dela meio incertas se podiam estar lá. As dela nos braços dele pra tranquiliza-lo de que podiam. E o estomago cheio... de borboletas...

O problema das boas noites é que elas acabam. E esta acabou tão rápido.
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