sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Aproximei-me da janela pra fecha-la. Aquela luz não me deixava dormir. Olhei para o céu e vi que as nuvens se mexiam, mais rápido que o natural, ou ao menos, natural aos meus olhos. Fiquei ali encarando-as, vendo-as ir embora. Nada as impedia, eram livres, eram nuvens. E elas corriam.

Lá em cima, bem alto no céu, ainda que eu não pudesse sentir no rosto, havia uma ventania, e outra ainda em meu coração. Tudo dentro de mim está rápido demais pra que eu entenda. Pra que eu realmente assimile o que está acontecendo. Quero tantas coisas e na verdade talvez, eu não queira realmente nada. Encontro-me aqui presa às correntes...

E se bem reparar, elas também não são livres. Açoitadas constantemente pelo vento frio, rude ou obrigadas a ficar quando a única coisa que gostariam é ir embora, ou deixar-se cair sobre as almas frias desses corpos quentes que vivem a se auto-destruírem e quando isso não basta, destruírem os únicos corações mornos que ainda restam neste mundo. 

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