terça-feira, 27 de dezembro de 2011

E que comece o espetáculo

Ah, a mente humana. Trabalha um tanto quanto parecido com uma peça de teatro dessas que a gente não leu o roteiro. Começa com uma trilha sonora marcante para que os espectadores calem a boca e tem-se um começo ordinário para que nos apoderemos dos fatos, mesmo que superficialmente.

Quando achamos que entendemos aquela estória, fecham-se as cortinas em meio à cena onde a Desilusão apunhala a Esperança pelas costas. Abrem-se as cortinas e encontram-se no recinto a Dor e a Descrença que, apesar de próximas, não se falam. Parece eterna aquela cena, e que desconforto meu deus. Momento enfadonho, quase insuportável. Parecem horas, parecem dias, meses... 

E é então que renasce das cinzas a Esperança (renasce das cinzes? é peça de fantasia agora?) vindo com uma nova conhecida, a Consciência. Têm andado unidas, mas aquela ignora quase tudo que esta diz e chama-a pessimista. Vivem discutindo, mas amizade é isso mesmo né?

Ah, a mente humana. Quando nos apaixonamos ela se assemelha um pouco mais a uma apresentação de dança. Tudo acontecendo ao mesmo tempo e apesar de sempre tentarmos prestar atenção no espetáculo como um todo, nossos olhos sempre param em uma parte em particular. E passamos a noite toda tentando desfocar, mas sempre voltando ao mesmo lugar. Eu disse a noite toda? A temporada inteira...

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