segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Apenas mais um dia

Hoje é o dia da lembrança. Sério, não fui em quem inventou. Imagino como se comemora um dia assim. No dia do carteiro a gente pode abraçar ele ou algo do tipo, mas e no dia da lembrança, abraçamos quem?

Será que você se lembra quando me disse em tom de desespero que precisava de ajuda, quando na verdade apenas não sabia o que ia almoçar? Foi um dia alegre. Lembra quando resolveu me dar um apelido fofo tosco? Aquilo foi estranho. E ainda aquele sarau onde, por alguma razão desconhecida, quis minha companhia até a escada rolante? Não sei muito bem o porque daquilo, mas foi o mais belo vamos que já escutei. Lembra quando resolveram bater palmas e gritar seu nome em coro para que subisse ao palco? Até hoje me pergunto se realmente demorou pra percebe-los ou se estava tentando ignora-los pra que parassem. E seu surpreendente e gritante desconforto em estar lá em cima a recitar o poema que me faria acreditar no seu coração como acredito hoje, e mergulhar nessa batalha que ainda acontece em meu peito. Saudosos momentos estes...

Pararei por aqui, pois se continuasse ficaria o dia todo. Enfim, não sei bem o que deveria ser feito no dia da lembrança. Tenho vivido delas há tanto tempo, que esta não pode ser uma data comemorativa e nem necessária. Será que existe o dia do esquecimento? Esse sim seria uma novidade em minha vida...

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