domingo, 29 de janeiro de 2012

Perdoe-me pelos meus afagos bem intencionados e mal dirigidos. E pelos sorrisos digeridos e amargura intragável...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Adeus

É engraçado que tenhas me feito confiante, sabe? Não sei bem porque, mas deve estar relacionado a esse teu efeito em mim de querer discordar de ti até sobre que horas são. Posso ser covarde por não ter te dito todas as vezes que discordei, mas minha covardia não te faz mais valente.

Não direi que mentiu em todos os momentos, contudo as vezes em que foi sincero já não cobrem mais as vezes em que não foi. O fato de eu saber hoje que certos atos teus não te tornam um ser fraco e desprezível, não te fazem mais forte e nem me mostram que essa luta vale a pena. Essa já acabou. Já tenho erguida minha bandeira branca, e não te atrevas a vir tira-la de mim.

Me desculpem por minha teimosia queridos amigos, eu apenas precisava perceber sozinha. Não adianta dizer à uma mula que ande. Isso só a empacará no caminho. Ela irá, eu irei, eu fui quando me senti pronta. E nenhuma palavra anterior fez ou faria efeito algum. 

 Nada apagará de minha memória quem tu foste outrora, mas quem tu és agora já matou-o. E sim, eu tinha a resposta. Mas a verdade é que dessa vez a pergunta era outra. E eu sei agora que tua presença, meu bem, não perdoará a tua tão maçante ausência. E que o fim, o nosso fim, já dava as caras há muito tempo.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Que venham os dias de sol

Sim, eu sinto sua falta. Ainda me encontro remoendo-me em lembranças de vez quando. Sim, é claro que ainda te amo. Nem eu esperava que um dia de sol me faria olvidar todos os momentos que criei pra nós entre as suas meias palavras. 

Arriscarei dizer que gostava das suas conversas, até certo ponto. Gostava de saber que havia me escolhido pra mostrar o rosto, este tão cheio de cicatrizes. E também gostava de saber que me achava inteligente o suficiente para abordar certos assuntos, alguns até um pouco malucos, devo dizer. Sinto falta disso, se por nenhum outro motivo, por estar farta de conversa de academia. Estas que não dependem do lugar, mas da companhia. Existem muito mais pessoas de academia, que frequentadores dela em si. Conversas vazias, cabeças vazias. E nem preciso me preocupar com minhas palavras, afinal estes a quem me refiro nunca lerão este texto.


Enfim, ainda te amo, e ainda acredito naquele que conheci outrora, que viveu ou vive em você. Mas agora também estou farta dele. Farta dessa covardia que o impede de voltar, e de cumprir suas promessas. Farta de esperar...

Não será fácil esquecê-lo, mas tampouco irei espera-lo. Não dessa vez, não mais... 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Devaneios

Não achei tão interessante mas dei uma chance. A verdade é que dou chances a qualquer coisa. A um livro, a uma série, a uma pessoa, amigo ou não. Dou infinitas chances a qualquer coisa que respire, ou que me faça respirar entrecortado. Que faça meu coração bater mais acelerado. Que traga um pouco de vida à essa alma insípida.

Dei infinitas chances a você, porque essa sou eu, não porque esse é você. Amo-te pelo que fomos, não pelo que somos. Mas amo-te de qualquer forma, pelos motivos desconhecidos ou não que forem. Amo-te com toda a força dessa alma, com todo o calor desse coração, e desse corpo que te abraça, que te amassa, que te ama.

Amo-te presença ou ausência. Amo-te enfim...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Se quer algo bem feito, faça.

Ando estado ausente, e não me refiro ao blog. Apesar deste também estar um pouco esquecido. E minha vida não está exuberantemente ocupada para que possa usar isso como desculpa. Mas de qualquer forma ando ausente, ando quieta.

Evito pessoas e conversas, evito possíveis perguntas, e as que respondo, o faço insossamente, sem vontade, fugindo até. Isso me faz pensar naqueles que estão a lutar por mim, a perguntar-me o que não quero responder, a procurar-me. Indago, quanto tempo serão capazes disso? Qual o tamanho de sua força? Não digo que os estou testando, longe de mim, mas veja bem que fui a única a continuar lutando por ti, querido. De quanto eles serão capazes?

A quê se submeterão para evitar o meu silêncio, essa porta que se abre? Farei o possível para fugir dela, pois já não sei se haverão outras forças que não as minhas a lutar por mim.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Eterna desobediente

Tu passaste por aquela porta e eu pude sentir meu amago contraindo-se, revoltando-se. Parte de mim queria levantar-se e ir embora, sem medir consequências, mesmo ciente da estranheza daquele ato já que havia chegado há dez minutos. A outra parte já havia corrido até tu, abraçando-o, acolhendo-o...

Enfim não me mexi, fiquei presa, estática. Foste embora antes que eu percebesse, sob aquela chuva de gelo. Parte de mim quis seguir-te, mas já podes perceber que não sigo nenhuma de mim...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Percepções tardias

E aqui estou eu. A jogar-me em outros braços, em outros abraços. A procurar por afagos de outrem que me distraiam nessa noite fria. E nessa chuva que pela primeira vez me desconforta. 

Sim, ponha suas mãos em mim. Já não me incomoda...

E sei agora que bebo pra esquecer. Não tenho certeza o que. Se quero esquecer você, ou se quero esquecer-me. Se eu quero esquecer a vida, ou apenas essa chuva. Ou apenas essa noite.

E eu não te esqueço, meu bem, eu não te esqueço. Não direi que enquanto ele me beijava eu pensava em ti. Mas quando nos abraçamos, naquele quarto escuro e de olhos fechados, eu pude imaginar-te até quase tornar-te tangível. Eu pude sentir teu cheiro e ouvir tua voz. Eu pude enfim, aninhar-me em teus braços como nunca os tive, como sempre os quis.

Amo-te, só tenho isto a dizer...
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